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Fruto do Mês

Fonte: Reginaldo Baião

Fonte: Mauricio Mercadante

Com ocorrência no cerrado sentido restrito, cerradão distrófico e campos, a Faveira é uma árvore tortuosa que pode alcançar entre 8 e 14 metros de altura. A espécie pode ser encontrada no DF e nas regiões de GO, BA, AM, MA, MG, MS, MT, PA, PI, SP e TO. Conhecida cientificamente como Dimorphandra mollis Benth, a Faveira possui outros nomes populares como fava de arara, fava de anta e falso barbatimão.

Os frutos desta espécie possuem até 15cm de comprimento e 4cm de largura. Quando maduros possuem uma coloração marrom e cada uma das vagens produz entre 10 e 21 sementes alongadas e avermelhadas. A frutificação da Faveira acontece no período de abril a agosto.

A espécie possui alto potencial medicinal por conter flavonóides, em especial a rutina, uma substância utilizada na fabricação de medicamentos para problemas circulatórios.  Antioxidante e antiinflamatória, a rutina, quando associada à vitamina C, também é útil para a resistência e a permeabilidade dos vasos capilares.

Com informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e do livro “100 árvores do Cerrado”, de Manoel Cláudio da Silva Júnior.

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Fonte: Google Images

Distribuído geograficamente na região Sul da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, a espécie Syagrus romanzoffiana, é uma palmeira conhecida popularmente como Jerivá, coquinho-babão, tâmara da terra, coco juvena, coqueiro, cheribão, pindó e pati. A frutificação do Jerivá ocorre entre os meses de fevereiro e agosto.

A espécie possui entre 7 e 15 metros de altura e entre 30 e 50 centímetros de diâmetro, ocorre no Cerrado, na Mata Atlântica e em quase todas as formações florestais. O fruto, de coloração alaranjada, suculento e adocicado, serve de alimento para o homem e também para diversas espécies de pássaros.

Quando extraído, o sumo do fruto do Jerivá serve para o preparo de geléias e sucos. É oleaginoso e fornece matéria-prima para a fabricação de sabão. As sementes são utilizadas para a confecção de artesanatos e suas amêndoas são apreciadas para o consumo in natura, produção de óleo e farinha.

Com informações da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

Fonte: Google Images

De cor castanho-avermelhada, o Buriti (Mauritia flexuosa) é um fruto que ocorre nas veredas* do Cerrado. O buritizeiro, como é chamada a árvore, pode chegar até 30m de altura e possui floração e frutificação ao longo de todo o ano. A espécie abriga a arara-canindé, pássaro que se alimenta do Buriti e é responsável pela propagação das sementes do fruto.

Um dos principais usos do Buriti é na culinária. A polpa é comestível e pode ser utilizada na fabricação de doces, sorvetes, sucos e geléias. As folhas servem como cobertura para telhados e as fibras (seda do buriti), usadas para a confecção de artesanatos.

O Buriti tem ampla distribuição em toda América tropical, desde o Peru, Colômbia, Venezuela, Trinidad até o Brasil. No Brasil, a espécie ocorre nas regiões do AM, BA, CE, GO, MA, MT, MS, PA, PI, SP, TO.
* Veredas são constituídas de um brejo graminoso herbáceo, em fundo de vale ao longo, de mata de galeria com buritis.

Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA

Receitas com Buriti:

Suco de buriti

Ingredientes:
1 l de água
4 colheres de sopa de polpa de buriti
Açúcar a gosto
Modo de preparo:
Bata todos os ingredientes no liquidificador, coar e servir gelado.

Doce de buriti

Ingredientes:
1 Kg de polpa de buriti
700 g de açúcar
Modo de preparo:
Misturar os ingredientes até dissolver o açúcar, levar ao fogo mexendo sempre até a mistura soltar do fundo da panela.
Dica: O doce também pode servir como recheio para de bombons.

O Araticum (Annona Crassiflora) é um fruto de casca grossa, oval e arredondado, e que por fora possui uma coloração marrom-clara. Internamente a cor é creme amarelada. Com polpa firme e muitas sementes, o Araticum pode alcançar até 15cm de diâmetro e 2kg de peso.

A árvore desta espécie chega aos 8 metros de altura. A espécie é típica do Cerrado e pode ocorrer nas vegetações Cerradão, Cerrado, Cerrado Denso, Cerrado Ralo e Campo Rupestre, distribuídos pelas regiões da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins.

O Araticum é uma iguaria regional de aroma forte. A polpa é doce e muito apreciada para consumo in natura ou para o preparo de geléias, licores, sucos, tortas, sorvetes e iogurtes. Na medicina popular, o chá resultante da infusão das folhas e das sementes é utilizado para combater a diarréia e aliviar cólicas menstruais.

Com informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, e do livro “100 árvores do Cerrado”, de Manoel Cláudio da Silva Júnior.

Fonte: Google Images

Espécie nativa das vegetações tropicais, a Macaúba (Acrocomia Aculeata) é uma palmeira cuja característica principal é a presença de espinhos longos e maduros.

O fruto da Macaúba é arredondado, liso, têm coloração marrom-amarelada quando maduro e é totalmente aproveitável. O período de coleta acontece entre os meses de setembro e fevereiro.

A Macaúba é comestível e uma excelente fonte de minerais, como o cálcio, que preserva os ossos, e o magnésio, bom para o funcionamento dos músculos e dos nervos. A amêndoa fornece um óleo fino semelhante ao da oliveira e que tem potencial na indústria cosmética, alimentícia e energética, nesta, utilizado para a produção de biodiesel.

Comunidades rurais utilizam a produção de derivados da Macaúba como geração de renda. O fruto é matéria-prima para a produção de sabonete, xampu, óleo, detergente, além de iguarias da cozinha como cocadas, farinhas, doces e geléias.

Com informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e do site Planeta Sustentável