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Arquivo mensal: fevereiro 2012

Fonte: Google Images

Espécie nativa das vegetações tropicais, a Macaúba (Acrocomia Aculeata) é uma palmeira cuja característica principal é a presença de espinhos longos e maduros.

O fruto da Macaúba é arredondado, liso, têm coloração marrom-amarelada quando maduro e é totalmente aproveitável. O período de coleta acontece entre os meses de setembro e fevereiro.

A Macaúba é comestível e uma excelente fonte de minerais, como o cálcio, que preserva os ossos, e o magnésio, bom para o funcionamento dos músculos e dos nervos. A amêndoa fornece um óleo fino semelhante ao da oliveira e que tem potencial na indústria cosmética, alimentícia e energética, nesta, utilizado para a produção de biodiesel.

Comunidades rurais utilizam a produção de derivados da Macaúba como geração de renda. O fruto é matéria-prima para a produção de sabonete, xampu, óleo, detergente, além de iguarias da cozinha como cocadas, farinhas, doces e geléias.

Com informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e do site Planeta Sustentável

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Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental.

Informações do Ministério do Meio Ambiente (MMA) apontam que as espécies vegetais encontradas no bioma têm potencialidades medicinais, capacidade de recuperação de solos degradados e proteção natural contra pragas. De acordo com o Ministério, o Cerrado possui cerca de 200 espécies de mamíferos conhecidas e a rica avifauna, que compreende cerca de 840 espécies. De acordo com estimativas recentes, este bioma é o refúgio de 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos.

Devido à sua situação geográfica, o Cerrado funciona como elo com outros biomas como a Amazônia, a Mata Atlântica, o Pantanal e a Caatinga. Isso faz com que o Cerrado compartilhe espécies com os demais biomas, tornando-se um local de alta diversidade, a ponto de ser considerado a savana mais rica em biodiversidade do planeta.

O Cerrado abriga um grande número de espécies animais. Mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes fazem parte das cerca de 2.500 espécies de vertebrados identificados e que vivem no bioma. Isso sem contar os insetos, que têm papel fundamental na ecologia, mas que ainda são pouco conhecidos pela ciência.

Com informações do MMA, Portal Brasil e do Instituto Sociedade, População e Natureza – ISPN

No segundo biênio de participação no Conselho de Meio de Ambiente, Ecodata integra duas Câmaras setoriais

A Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação – Ecodata, participa de duas Câmaras Técnicas do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), órgão responsável pela deliberação e consulta de toda a política brasileira de meio ambiente. Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, Florestas e Demais Formações Vegetacionais são os temas que marcam o segundo biênio de integração da Ecodata nas Câmaras Setoriais.

O regimento interno do Conama foi aprovado no final de 2011 e a Ecodata inicia 2012 com uma discussão importante: propor uma resolução para manejo e conservação das áreas especialmente protegidas (APP’s e Reservas Legais) e de uso alternativo nas propriedades rurais. Também está prevista para a próxima reunião a apresentação de uma proposta para educação ambiental em licenciamento de empreendimentos, sugerida por todos os membros do Conselho.

A sociedade civil também pode ajudar a elaborar propostas que tragam melhorias para o Cerrado e seus habitantes. “Esperamos a participação da sociedade na produção de material, de resoluções e encaminhamentos para discutir os temas relacionados a esses assuntos”, afirmou o presidente da Ecodata, Donizete Tokarski,

Ao todo são 11 Câmaras Técnicas, que têm o objetivo de desenvolver, examinar e relatar ao plenário do Conama as matérias de sua competência. A Ecodata tem atuado junto ao Conselho Nacional desde 2009, buscando suscitar debates sobre as principais questões do Cerrado, bioma mais devastado da vegetação brasileira, segundo dados do Ministério de Meio Ambiente.

A importância de criar um marco regulatório para um dos maiores biomas do mundo

Classificado como o segundo maior bioma da América do Sul, o Cerrado, mesmo com toda a importância biológica que tem, ainda é uma área atingida por grandes desmates, ocupação desordenada e desconhecimento de suas potencialidades por parte da sociedade. O bioma possui habitats distintos, o que lhe permite abrigar uma grande diversidade de espécies endêmicas, ou seja, que só existem em determinado ambiente. Sobre as espécies do Cerrado.

O Cerrado é vegetação brasileira que mais sofreu com a ocupação humana. Nos últimos anos, o bioma foi seriamente afetado pela pecuária extensiva e as monoculturas. Isso aconteceu de uma maneira extremamente rápida, sem informação técnica para a manutenção adequada da biodiversidade e produção do sustento das famílias que vivem nele. No contexto social, o bioma fornece alimentos e contribui para a geração de renda das comunidades, a partir da produção de doces, artesanatos, cosméticos, condimentos e uma série de outros produtos.

“As pessoas ainda não conhecem os valores que estão agregados ao Cerrado e é importante que tenham informação sobre as potencialidades que o bioma possui”, afirma o Presidente do Conselho da Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação – Ecodata, Donizete Tokarski. Para Donizete, a sociedade precisa conhecer as questões que envolvem o bioma e este é o argumento principal na defesa da criação de um marco regulatório para o Cerrado.

“É preciso estabelecer um limite na legislação para o uso desses recursos naturais. Isso deve ser feito de uma maneira que não seja a penalização, mas sim a promoção do conhecimento e da conservação, com o objetivo de gerar valores para nossa sociedade”, explica. O presidente da Ecodata afirma que a economia que gira em torno dos produtos do Cerrado não é pensada para dar continuidade e sustentabilidade ao processo. Segundo ele, a criação de um marco regulatório pretende fazer com que a sociedade perceba que há um serviço socioambiental nas atividades do Cerrado.

Mas o que isso significa?

Um exemplo do serviço socioambiental realizado pelo Cerrado é a proteção de nascentes e mananciais que abastecem regiões como Distrito Federal e entorno. “O Parque Nacional de Brasília, apelidado de Água Mineral, presta um serviço a toda sociedade brasiliense por abrigar a barragem de Santa Maria, que, diferentemente da barragem do Descoberto, onde podemos encontrar grande quantidade de lixo e esgoto, é preservada pela proteção que o Parque oferece”, comenta Donizete. Segundo ele, onde as nascentes são protegidas, a água é de melhor qualidade. “Este é o cálculo que ainda não é valorado na economia do Cerrado. Quando nós temos um parque protegendo, ele está prestando este serviço e, consequentemente, eliminando um custo muito grande para a sociedade”, afirma.

O marco regulatório do Cerrado abrange, além do serviço ambiental, a produção com serviço ambiental – ou seja, o indivíduo que produz com matérias-primas do bioma e faz isso dentro de um processo equilibrado. “Ele tem que ser agregado no valor. É o valor além do preço. É reconhecer as diferenças que o Cerrado tem”, conclui Donizete.

O paranaense Cleiton Blahun mora em Goiás há um ano e já se declara apaixonado pelo Cerrado. Agente ambiental da Ecodata, contrata pela Corumbá Concessões S.A para desenvolver o PBA de Educação Ambiental no município de Abadiânia/GO, Cleiton foi um dos seis participantes da Conferência Municipal que foram selecionados para atuar como delegados na Conferência Estadual de Meio Ambiente.

O Ecodata Informa conversou com Cleinton. Confira a entrevista.

Ecodata Informa: No dia 27 de janeiro você participou da Conferência Municipal de Meio Ambiente realizada em Abadiânia. Quais foram as principais questões levantadas neste encontro?

Cleiton Blahun: Os temas abordados nesta Conferência foram basicamente cinco: agroextrativismo, políticas de resíduos sólidos, unidades de conservação e ICMS ecológico, pagamentos de serviços ambientais e comitê de bacias hidrográficas. O assunto mais debatido foi a questão dos resíduos sólidos, quando tratamos da proposta para coleta de lixo e entulho nos arredores do Lago Corumbá IV.

EI: Você foi convidado para participar da Conferência Regional de Luziânia. Como isso aconteceu?

CB: Foi durante a Conferência em Abadiânia. Me candidatei a delegado e, após a votação, fui um dos seis selecionados para participar e representar o município na Conferência Estadual de Meio Ambiente. A partir deste momento assumi uma enorme responsabilidade com Abadiânia e seus moradores: contribuir para trazer benefícios ambientais e melhorias na qualidade de vida das pessoas.

EI: Como a Ecodata participou das Conferências?

CB: Agroextrativismo é um tema que a Ecodata defende, por isso esteve diretamente envolvida com este grupo. Participaram das Conferências os agentes Simone Reis, Thais Souza e eu, o coordenador de campo, José Akashi, e o Presidente do Conselho da Ecodata, Donizete Tokarski.

EI: Como você pretende contribuir para as atividades da Conferência e como vê a importância deste encontro?

CB: A Ecodata tem me ensinado que não basta saber tudo sobre o Cerrado, que primeiro temos que ser um amante dele. E esta é uma boa oportunidade para que possamos defender e argumentar as propostas que resultaram da Conferência em Abadiânia.
Para mim, a parte mais importante é o trabalho conjunto entre ONGs, poder público, sociedade civil organizada e setor empresarial. Todos trabalhando pelo bem comum, expondo problemas e elaborando propostas para soluções e melhorias para os municípios, regiões e Estado.

Entender a importância do debate para a criação de um Marco Regulatório para o Cerrado é essencial. Primeiramente, porque as mudanças que tangem a questão climática global exigem um espaço cada vez maior para a discussão de como colaborar para um planeta menos predatório e mais sustentável. Em segundo lugar, devemos lembrar que neste cenário, o bioma Cerrado, com toda a sua riqueza natural e biodiversidade, ainda não é considerado um patrimônio nacional.

Desde 1995, está no Congresso a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 115/95, que visa incluir o Cerrado e a Caatinga entre os biomas classificados como patrimônio nacional. À tramitação lenta atribuo a omissão do Congresso e a postura de algumas lideranças ruralistas, totalmente fora do tempo e dos problemas socioambientais. É preciso que reconheçam o valor do Cerrado e de seus produtos e não apenas se utilizem do seu solo sem planejamento, capacitação das comunidades e contabilidade sociais.

O segundo maior ecossistema brasileiro está se transformando em pastagem e plantação desordenada; hoje o desmatamento da vegetação nativa ultrapassa os 50%, cerca de 100 milhões de hectares, sendo mais de 60 milhões transformados em pasto. O Marco Regulatório do Cerrado pretende ordenar o uso dos remanescentes de Cerrado. Ele será composto por leis e diretrizes que irão normatizar as atividades que envolvem o bioma. E mesmo sem a aprovação da PEC 115/95 pelo Congresso Nacional, o Marco Regulatório será proposto pela Frente Parlamentar Ambientalista, pela Fundação SOS Mata Atlântica, pela Ecodata e outras instituições que certamente se somarão neste esforço.

O Marco busca ter ressonância na sociedade e no Congresso e pretende ser semelhante à Lei da Mata Atlântica, que visa conservar, proteger, regenerar e utilizar o bioma com base na lei proposta e na legislação ambiental vigente. Em linhas gerais, o Marco Regulatório do Cerrado deve tratar da relação de uso das áreas degradadas, da diversificação das atividades no Cerrado e da proteção ambiental.

O trabalho de elaboração de propostas para o Marco Regulatório que vai proteger e conservar o Cerrado está começando. O debate começou no mês de novembro, em Brasília, em dois seminários voltados especialmente para a questão – I Seminário sobre Economia Verde no Cerrado e III Seminário sobre Agroextrativismo no Cerrado.

 

Donizete Tokarski é Engenheiro Agrônomo e preside o Conselho da Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação (Ecodata). É membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e do Conselho Estadual do Meio Ambiente de Goiás.

No Distrito Federal, a floração do Jatobá do Cerrado (Hymenaea stigonocarpa) ocorre entre os meses de outubro e abril. As cinco pétalas grandes e pouco excedentes ao cálice costumam ser livres e brancas, exceto na espécie rara Hymenaea rublifora, onde possuem a coloração vermelha.

Árvore de tronco tortuoso e casca grossa, o Jatobá do Cerrado ocorre, naturalmente, em solos secos. A espécie pode ser encontrada nos Estados: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e São Paulo.

Os frutos são popularmente conhecidos e possuem uma polpa farinácea que pode ser consumida in natura ou utilizada para a produção de doces, geléias, licores e farinha para pães e bolos.

O Jatobá do Cerrado, também é conhecido como jatobá-capã, jatobá da casca fina, jatobá-açu, jatobeiro, jatobá do campo, jataí de piauí, jatobá de vaqueiro, jatobá da serra, jatobá de caatinga, jataí do campo, jatobeira, jitaé, jutaé, jutaí e jutaicica.

Com informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa